A criatura de Tiradentes

E se, depois de vos contar que me deliciei em Tiradentes, vos contar que estive quase quase a desistir de ir.

Dias antes da viagem, enquanto conferia em fotos a fantástica beleza da envolvente da pousada, deparei-me com esta foto do deck de pequenos almoços.

"Ahhhhhh" - Berrei assustada. A foto foi reencaminha para os e-mails de quem também ia com a seguinte frase “SE ESTA CRIATURA LÁ ESTIVER NO DECK, EU NÃO COMO”. Resultado: Desprezo máximo!

Engoli em seco e fiz-me de forte.

Chegamos à pousada tardíssimo... Noite cerrada, silêncio ensurdecedor, cheiro a campo e oito horas de estrada. Só no dia seguinte de manhã, enquanto me arranjava para ir tomar o “café da manhã” é que fui novamente assombrada pela imagem da criatura... E se ela lá estiver? Não como pão de queijo?

E com a minha sorte, óbvio que ela lá estava!

Nunca tinha visto nada assim.

O medo do desconhecido consegue ser anida mais intenso.

Grande... Cor estranha... Compacto... Imóvel... E não parava de olhar para mim...

Estava petrificada.

Quando o meu cérebro voltou a funcionar e comecei a engenhar uma desculpa para voltar para o quarto ouvi o conforto das seguintes palavras que ainda hoje me fazem corar sempre que me lembro: “– Heiii... Você está com medo de um tatu de madeira?”

Como assim ??? Um tatu de madeira ???

Sim... A terrível criatura de Tiradentes não passava de uma pequena escultura de madeira a imitar um horrivel bichinho que se dá pelo nome de tatu.

 FRANCISCAAAAAAAAAA !!!