domingo, 5 de maio de 2013

Mãe

Na minha vida existem poucas pessoas cujo nome acompanha a denominação de "porto de abrigo". Apresentam-se como imponentes rochas que sustentam, intactas e sem desmoronar, o bater furioso das minhas ondas. Eu vou e volto. Avanço e recuo. Fortaleço-me e esmoreço-me. Renovo-me e canso-me. Sorrio e choro. Falo e saio muda. São infinitas marés... mas o meu barco sempre terá um destino.
Poucos são os meus portos de abrigo, mas sinto que perto ou longe me dão a mão a cada passo, aliviam-me o sufoco e acalmam-me o coração com um simples sorriso, transformam o meu medo em confiança e o meu desespero em esperança.
Essas pessoas são raras mas certas, certíssimas! Elas amam-me incondicionalmente, aceitam as minhas loucuras e meus defeitos, compreendem os meus desesperos, festejam as minhas vitórias e choram as minhas lágrimas. A minha maré sobe e desce, o meu convés alaga-se e esvazia-se, a minha vela debate-se ou aproveita a bolina do vento, a minha bússola perde o norte mas o meu barco, mesmo perdido e sem destino, tem sempre um lugar pra voltar.
Amo-te mamã, és o meu eterno e cardeal “porto de abrigo”.

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